Mais um lançamento da Intrínseca, "A Pirâmide Vermelha" é o mais novo livro de Rick Riordan publicado no Brasil. Mais uma vez, o autor da série "Percy Jackson e Os Olimpianos" surpreende seus fãs com uma história inovadora trazendo mitologia para os dias atuais.
A Pirâmide Vermelha, primeiro volume da série "As Crônicas de Kane", nos apresenta os irmãos Carter e Sadie Kane, filhos de um egiptólogo - pesquisador da cultura egípcia. Sadie e Carter não moram na mesma casa desde a morte de sua mãe... Enquanto Carter viaja o mundo na companhia do pai, sem parar quieto um dia em um só lugar, Sadie mora com os avós em Londres e tem de se contentar em ver a família duas vezes por ano. E é em uma dessas visitas anuais que algo diferente ocorre, e os irmãos Kane são jogados em uma aventura fantástica... Os deuses egípcios estão despertando e isso é só o início de seus problemas! Set, o mais perigoso dos deuses, está planejando algo terrível e eles ainda vão descobrir sua ligação com a milenar organização "Casa da Vida".
Com os tradicionais títulos divertidos e um humor super natural, a marca registrada de Riordan está lá de diversas formas. E achei o máximo a forma como ele não ignorou a história de Percy Jackson nesse livro, como se tudo existisse em um mesmo mundo. Nenhuma referência gigante, é claro. Mas citações divertidas como essa:
- Sim. Muito bom, Sadie. Nos tempos antigos, a margem leste do Nilo era sempre o lado dos vivos, o lado onde nasce o sol. Os mortos eram enterrados na margem Oeste. Era considerado de má sorte, até perigoso viver lá. A tradição ainda é forte entre... nosso povo.(...)
- Então não se pode viver em Manhattan? - disparou.
Amós franziu a testa e olhou para o Empire State.
- Manhattan tem outros problemas. Outros deuses. É melhor mantermos tudo separado.
- Outros o quê? - reagiu Sadie.
- Nada.
A Pirâmide Vermelha - Rick Riordan (Pág. 53)
Não preciso nem dizer que morri de rir nessa parte, né? Achei genial a forma como ele colocou as duas histórias para coexistirem - e claro, fiquei pensando em um encontro entre os egípcios e gregos! Tem outro trecho na página 254 em que o deus Tot comenta sobre Hermes! Referências que só Riordan conseguiria colocar em sua história de um jeito único.
Mas se você não leu Percy Jackson, isso não faz a mínima diferença. Mas o que gostei foi de ter isso como um "agrado" para os fãs.
Minha reclamação é que "A Pirâmide Vermelha" flui em um ritmo mais lento que "Percy Jackson", mas as duas histórias são ótimas. No início estava com medo dessa série ficar muito similar a PJ&O, mas o medo foi infundado, porque ambas se sustentam muito bem sozinhas. Claro que existem algumas semelhanças, mas ainda assim, consegue ser uma história única.
Os deuses egípcios são mais traiçoeiros e esquisitos que os gregos! Olha, prefiro mil vezes Zeus ou Ares em um mal dia (e olha que não vou com a cara deles, hein) a cruzar com gente como Tot em um dia bom. E o Tot nem é ruim!
Os capítulos são narrados alternadamente entre Sadie e Carter... Eu adorei a Sadie. Ela me lembra a Thalia mais vibrante. Eu gostei do Carter também, mas ele fica devendo para o Percy... Que eu acho um narrador tão divertido que se torna meio insuperável!
De todo modo, não há dúvidas que a história é mais do que recomendada. Agora é só esperar pelo próximo volume.
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