Ninguém está sozinho. Somos parte de um só mundo. Essas conclusões filosóficas estão em "Turma do Infinito" (Cosac Naify; R$ 32). O curioso é que o autor do livro infantojuvenil é o ex-jogador de futebol Raí.
A ideia do projeto --cujos rendimentos com direitos autorais serão revertidos para a Fundação Gol de Letra-- partiu de uma redação da neta de Raí, Naira. Nele, Sol, Filó, Sofia e Zen são alunos da mesma escola que se tornam amigos. Juntos, entendem a importância de deixar a individualidade de lado.
O livro, ilustrado pelo austríaco Jan Limpens, tem pitadas de filosofia, influência dos cursos que o ex-jogador fez. No sábado (21), Raí encontra o público no lançamento na Livraria da Vila (r. Fradique Coutinho, 915), às11h. Leia a entrevista:
Folha: Como surgiu a ideia de escrever esse livro?
Raí: Teve um momento decisivo. Vi uma redação da minha neta, Naira, e gostei do nome dos personagens. Comecei a fazer anotações e, mais de um ano depois, meu sócio me deu força --precisava de alguém que me desse força. Quando achei que o projeto estava maduro, fui para um bangalô no meio do nada, na Bahia. Depois de uns dois dias, quando sumiram as minhas preocupações, escrevi. O "esqueleto" saiu em algumas horas, depois fui arrumando.
Raí: Teve um momento decisivo. Vi uma redação da minha neta, Naira, e gostei do nome dos personagens. Comecei a fazer anotações e, mais de um ano depois, meu sócio me deu força --precisava de alguém que me desse força. Quando achei que o projeto estava maduro, fui para um bangalô no meio do nada, na Bahia. Depois de uns dois dias, quando sumiram as minhas preocupações, escrevi. O "esqueleto" saiu em algumas horas, depois fui arrumando.
Folha: O livro faz menções à filosofia, ao zen. O que o inspirou?
Raí: Traduzi algumas ideias minhas para o universo infantil. Fiz cursos curtos de filosofia e sempre gostei do tema. Não chega a ser um livro de filosofia, mas os cursos me influenciaram. Quando fiz, aprendi que filosofava sem saber. Sou uma pessoa que "viaja" um pouco, quis passar isso para os personagens. Gostei porque juntou ideias que provocam uma reflexão.
Raí: Traduzi algumas ideias minhas para o universo infantil. Fiz cursos curtos de filosofia e sempre gostei do tema. Não chega a ser um livro de filosofia, mas os cursos me influenciaram. Quando fiz, aprendi que filosofava sem saber. Sou uma pessoa que "viaja" um pouco, quis passar isso para os personagens. Gostei porque juntou ideias que provocam uma reflexão.
Folha: Que mensagens você quis passar?
Raí: No início, não pensei em passar mensagens de solidariedade e companheirismo, mas isso acabou acontecendo porque são coisas em que acredito. Parti do ponto de que a gente tem uma sensação de ser um indivíduo único, sem correlação com os outros. Estamos em uma eterna busca de ir quebrando isso. Esse exercício, quando bem resolvido, leva a conclusões de companheirismo, do pensar coletivo.
Raí: No início, não pensei em passar mensagens de solidariedade e companheirismo, mas isso acabou acontecendo porque são coisas em que acredito. Parti do ponto de que a gente tem uma sensação de ser um indivíduo único, sem correlação com os outros. Estamos em uma eterna busca de ir quebrando isso. Esse exercício, quando bem resolvido, leva a conclusões de companheirismo, do pensar coletivo.
Folha: É uma série? Vão ter outros livros na mesma linha?
Raí: Quando pensei em escrever, a primeira coisa que falei na editora Cosac Naify é que não sou escritor e não tinha a pretensão. Gostei do resultado e isso acabou estimulando outras ideias. Não nasceu para ser uma série, mas, se eu tiver vontade, não vou me privar, vou tentar, pelo menos.
Raí: Quando pensei em escrever, a primeira coisa que falei na editora Cosac Naify é que não sou escritor e não tinha a pretensão. Gostei do resultado e isso acabou estimulando outras ideias. Não nasceu para ser uma série, mas, se eu tiver vontade, não vou me privar, vou tentar, pelo menos.
Folha: Como uma figura pública e um escritor amador, você teve algum receio da reação do público ou da crítica? Ou não pensou nisso?
Raí: Vou ver na prática. Espero que me vejam como um iniciante, um jogador que tem uma história interessante de vida e que sempre teve relação com o universo infantil. Mas, se tiver crítica, estou acostumado a ser julgado. É interessante que uma pessoa pública, que um esportista --que às vezes são pessoas que se afastam do universo da leitura-- ouse em escrever um livro. Acho que é algo que, no mínimo, pode ajudar a instigar a leitura.
Raí: Vou ver na prática. Espero que me vejam como um iniciante, um jogador que tem uma história interessante de vida e que sempre teve relação com o universo infantil. Mas, se tiver crítica, estou acostumado a ser julgado. É interessante que uma pessoa pública, que um esportista --que às vezes são pessoas que se afastam do universo da leitura-- ouse em escrever um livro. Acho que é algo que, no mínimo, pode ajudar a instigar a leitura.
Fonte: Folha
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