17 novembro, 2010

Uma noite diferente

Autor: Psychodramatischen
rpgonline.com.br


Olá meus amigos leitores! Venho contar para vocês uma experiência pessoal de algo que aconteceu numa dessas noites em que eu estava na frente deste computador... É uma história surpreendente, e acreditem... Foi tão real quanto as roupas que vos cobrem...

Esta noite começou como todas as outras. Conversava no MSN com amigos da facul, com amigos do curso de música e com amigos do iRPG. Respondi recados no Orkut, baixei alguns arquivos, também li um capítulo de N. G. Evangelion  e como de costume estava ouvindo música. Passaram-se as horas... Até que decidi jogar algo... Precisava espairecer, pois a facul havia me desgastado nesse semestre. Apenas eu estava acordado neste momento e o sono não me vinha, enquanto isso estava a jogar Battlefield...

Mais alguns instantes se passaram e enjoei do jogo. Loguei novamente no iRPG e procurei alguma sala interessante... Encontrando apenas tavernas! Nesse mesmo momento estava escutando How To Disappear Completely do Radiohead... E estava num momento frustrante... Tentando encontrar algo emocionante! Realmente estava querendo saber como desaparecer completamente daquela sessão de tédio.

Porém, algo intrigante tornou essa noite diferente de todas as outras, algo que lhes contando irei parecer alguém que abusa da boa atenção dos outros... Mas digo veemente: Não perderia meu tempo para tentar ludibriá-los. Não zombaria da boa fé de cada um de vós... Nada disso é do meu feitio.

Aconteceu e até hoje não sei explicar bem o que foi, e nem ao menos se aconteceu de fato. Como já disse, estava fazendo tudo que costumava fazer em dias passados... Lia algumas coisas em sites, e conversava com alguém... O quarto estava escuro, clareado apenas pela luz emitida pelo monitor do computador. A melodia melancólica estava em baixo volume mas ecoava entre as quatro paredes. Sentia frio, era noite chuvosa. E subitamente... Tive uma sensação estranha, uma sensação de quem está sendo observado. Mas o que haveria de errado? Pois a janela estava fechada, e nem sequer ouvi latidos dos meus cães lá fora.

Então, dei pouca atenção a esta sensação súbita e voltei a fazer o que estava fazendo. Poucos instantes depois o tiquetaquear do relógio de parede emudece. Olhei-o, estava parado. Um ar gélido tocou-me à nuca, os pêlos, instantaneamente, eriçaram-se seguindo o arregalar dos olhos. Virei-me e levantei da cadeira. Acendi a luz do quarto, olhei para todos os lados, não vi absolutamente nada fora do seu lugar... Sorri sutilmente. 'Do que tenho medo? Talvez eu esteja lendo muito contos de Allan Poe', pensei comigo mesmo, e então voltei para minha posição. Pedi desculpas aos meus amigos que deixei esperando no MSN e iRPG, e disse-lhes que tinha ido procurar um casaco, pois estava fazendo muito frio.

Os minutos foram passando, e eu continuava no computador, às vezes olhando para os lados, desconfiadamente. Foi quando em um certo momento, minhas mãos pararam de digitar, trêmulas, as batidas do coração aceleraram, a umidade do suor seguia-se de calafrios. Senti uma presença próxima a mim, como se alguém estivesse próximo ao meu pescoço, virei ligeiramente e assustado, ouvi uma explosão vinda do computador, gritei com todas minhas forças pelo susto que tomara, olhei para o computador e vi muita fumaça saindo, ouvi alguém correndo, olhei para trás e vi um vulto negro que se atirara contra o vidro fazendo a janela partir em mil pedaços, alguém pulou para fora, tudo isso em poucos segundos...

Eu estava descorado! Olhei pela janela e nada vi, ouvi as vozes dos meus pais preocupados com meus berros e que vinham em prontidão. Abri a porta para que entrassem, e disse-lhes que eu estava ao computador e o mesmo explodiu e que alguém estava no meu quarto e pulou pela janela. Mas ao olhar para trás para apontar-lhes todos os danos... Que danos? A janela estava intacta, com seu velho empoeirar dos vidros, Radiohead continuava a tocar, e também podia ver os botões piscando na parte inferior do monitor, eram meus amigos me chamando atenção no MSN... Olhei estabanado para eles, como que nada estava entendendo, soluçando. Meu pai dizendo que eu apenas devia ter tido um pesadelo, falou para que eu voltasse para a cama e que os deixasse dormir. Eu insisti no que eu tinha dito, mas eles não deram muito crédito e voltaram para o quarto deles. Tranquei a porta e olhei atentamente tudo no quarto, tudo perfeitamente em seu devido lugar. Cheguei perto da janela para tocar, toquei e o vidro estava firme como sempre fora. Eu não acreditava no que eu estava vendo. Como pode? Eu vi toda aquela cena. Foi tudo real. Acreditem, pois, meu estado de consciência era o mais alerta possível, já lhes disse que o sono não vinha. Eu sei o que vi e sei que aconteceu tudo aquilo. Lembrei-me das minhas aulas na facul... E não achava que tudo aquilo que eu estudara estaria vivenciando na própria pele... Delírios? Não pode ser possível, não comigo!

Despedi-me dos meus amigos dizendo-lhes que estava com sono... Fui para a cama... E demorei a dormir, pois fui acometido por dúvidas que me cercam até hoje: Será que este evento ocorrido era uma experiência com o sobrenatural, o transcendente, como nos muitos contos que li? Ou seria apenas fruto de uma mente perturbada? Alucinações? Sinceramente... Eu não sei responder...


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